Residencia na Itàlia - Parte II
Joaozinho e Mariazinha sao casados, vivem no Brasil e ambos sao descendentes de italianos: ele é descendente da familia Bianchi e ela da familia Rossi.
Depois de ouvirem muitas històrias dos nonnos italianos, traçaram algumas metas e objetivos - entre eles vir à Itàlia para fazer o reconhecimento da cidadania italiana! Reuniram todos os documentos necessàrios, traduziram e conseguiram finalmente legalizar os documentos no consulado italiano.
Faltava apenas uma coisa: decidir em qual regiao e em qual cidade fariam o processo de cidadania, pois nao conheciam ninguém aqui na Itàlia e souberam através de um blog famoso - chamado Minha Saga - que tanto o norte da Itàlia quanto o sul nao eram bons lugares, portanto sabiam apenas que o destino de ambos seria a Toscana - regiao central e mais bela da peninsula italiana!!!
A NEGOCIACAO DO IMOVEL
Começaram entao a entrar em diversos sites de imobiliàrias aqui na Itàlia, pegando os contatos e anotando o telefone de muitos deles. Mariazinha estava feliz por ter escolhido aquele curso de italiano que fizeram durante os ùltimos dois anos no patronato italiano da cidade onde moravam - isso foi determinante para que conseguissem entrar em contato com o sr. Giuseppe, proprietàrio de uma agenzia imobiliària e conseguiram sem muito esforço explicar à ele a situaçao em que se encontravam e quais expectativas tinham em vir à Itàlia.
O sr. Giuseppe - muito bem humorado e bonachao, exatamente como é o povo toscano - disse que tinha um local perfeito à eles: chamado bilocale (apartamento com dois comodos) que era grande, com uma pequena cozinha, banheiro e uma cama de casal - parecia perfeito para o jovem casal descendentes de italianos.
O valor proposto pelo proprietàrio pelo imòvel era 450 euros mensais e para o fechamento do contrato eram necessàrios os seguintes documentos:
- carta d'identità ou passaporte (neste caso como ainda nao eram italianos, deveriam apresentar o passaporte brasileiro;
- codice fiscale (que sò poderia ser feito quando chegassem na Itàlia);
- declaraçao de rendimento ou contrato de trabalho.
Depois de discutir bastante, conseguiram chegar num acordo: o casal pagaria doze meses de aluguel adiantado + o valor de um aluguel das despesas da agencia + o valor de tres meses de aluguel como caparra (cauçao) e fechariam um contrato chamado "transitòrio" que duraria apenas estes 12 meses. Chamava-se "transitòrio" exatamente porque findo este periodo de doze meses tornava-se automaticamente um contrato "normal" que aqui na Itàlia tem duraçao de quatro anos renovàveis por outros quatro, conhecido como 4 X 4. Desembolsariam entao no momento da assinatura do contrato o valor de 7200 euros, porém jà garantiriam um ano de aluguel pago no imòvel - seria uma preocupaçao a menos a pensar durante a permanencia do casal aqui na Itàlia.
NA AGENZIA DO SR. GIUSEPPE
Compraram a passagem, e na semana seguinte là estavam o casal feliz e sorridente na agenzia do sr. Giuseppe para fechar o contrato. Como haviam chegado no dia anterior e nao haviam feito escala em nenhum pais - dirigiram-se à Agenzia dell'Entrate (orgao responsàvel pela emissao do codice fiscale) e jà solicitaram os seus, fornecendo o endereço do imòvel que estavam alugando. Entregaram entao ao sr. Giuseppe ele uma còpia do codice fiscale e uma copia do passaporte brasileiro.
Fecharam o contrato e là se foram de mala e cuia para a nova residencia: que vale ressaltar era realmente uma belezinha!!!
NO COMUNE
Faltava apenas uma coisa: decidir em qual regiao e em qual cidade fariam o processo de cidadania, pois nao conheciam ninguém aqui na Itàlia e souberam através de um blog famoso - chamado Minha Saga - que tanto o norte da Itàlia quanto o sul nao eram bons lugares, portanto sabiam apenas que o destino de ambos seria a Toscana - regiao central e mais bela da peninsula italiana!!!
A NEGOCIACAO DO IMOVEL
Começaram entao a entrar em diversos sites de imobiliàrias aqui na Itàlia, pegando os contatos e anotando o telefone de muitos deles. Mariazinha estava feliz por ter escolhido aquele curso de italiano que fizeram durante os ùltimos dois anos no patronato italiano da cidade onde moravam - isso foi determinante para que conseguissem entrar em contato com o sr. Giuseppe, proprietàrio de uma agenzia imobiliària e conseguiram sem muito esforço explicar à ele a situaçao em que se encontravam e quais expectativas tinham em vir à Itàlia.
O sr. Giuseppe - muito bem humorado e bonachao, exatamente como é o povo toscano - disse que tinha um local perfeito à eles: chamado bilocale (apartamento com dois comodos) que era grande, com uma pequena cozinha, banheiro e uma cama de casal - parecia perfeito para o jovem casal descendentes de italianos.
O valor proposto pelo proprietàrio pelo imòvel era 450 euros mensais e para o fechamento do contrato eram necessàrios os seguintes documentos:
- carta d'identità ou passaporte (neste caso como ainda nao eram italianos, deveriam apresentar o passaporte brasileiro;
- codice fiscale (que sò poderia ser feito quando chegassem na Itàlia);
- declaraçao de rendimento ou contrato de trabalho.
Este ùltimo foi um problema, pois Joaozinho e Mariazinha explicaram ao sr. Giuseppe que ainda estavam no Brasil e que nao tinham emprego fixo na Itàlia - porém eram proprietàrios de uma pequena empresa no Brasil, portanto tinham renda mensal e que isso nao seria um problema!!! Felizmente como era de seu caràter, o sr. Giuseppe foi extremamente sincero: o casal teria grandes dificuldades em encontrar alguém disposto a alugar algo para quem nao tem emprego, pois isso é um fator determinante e que garantiria que o locatàrio teria renda para pagar o aluguel.
Depois de discutir bastante, conseguiram chegar num acordo: o casal pagaria doze meses de aluguel adiantado + o valor de um aluguel das despesas da agencia + o valor de tres meses de aluguel como caparra (cauçao) e fechariam um contrato chamado "transitòrio" que duraria apenas estes 12 meses. Chamava-se "transitòrio" exatamente porque findo este periodo de doze meses tornava-se automaticamente um contrato "normal" que aqui na Itàlia tem duraçao de quatro anos renovàveis por outros quatro, conhecido como 4 X 4. Desembolsariam entao no momento da assinatura do contrato o valor de 7200 euros, porém jà garantiriam um ano de aluguel pago no imòvel - seria uma preocupaçao a menos a pensar durante a permanencia do casal aqui na Itàlia.
NA AGENZIA DO SR. GIUSEPPE
Compraram a passagem, e na semana seguinte là estavam o casal feliz e sorridente na agenzia do sr. Giuseppe para fechar o contrato. Como haviam chegado no dia anterior e nao haviam feito escala em nenhum pais - dirigiram-se à Agenzia dell'Entrate (orgao responsàvel pela emissao do codice fiscale) e jà solicitaram os seus, fornecendo o endereço do imòvel que estavam alugando. Entregaram entao ao sr. Giuseppe ele uma còpia do codice fiscale e uma copia do passaporte brasileiro.
Fecharam o contrato e là se foram de mala e cuia para a nova residencia: que vale ressaltar era realmente uma belezinha!!!
NO COMUNE
Felizes e contentes, jà com uma còpia do contrato em maos e também uma còpia da cessione di fabbricato (voces aprenderam sobre ela no post anterior, lembram?) carimbada pela questura - entregue a eles junto com o contrato, pois o proprio sr. Giuseppe havia se encarregado de leva-la na Questura - dirigiram-se ao comune.
Chegando là procuraram o setor chamado Ufficio Anagrafe - que é o setor de um comune que cuida do assunto residencia - pedidos, cancelamentos, variaçoes e inscriçoes no exterior. Là solicitaram a "inscriçao anagràfica" - que é o nome técnico do 'pedido de residencia'. Naquele momento, a oficial pediu os seguintes documentos:
- passaporte com o carimbo de entrada na Itàlia;
- contrato de locaçao;
- cessione di fabbricato;
- permesso di soggiorno.
Apresentaram os tres documentos acima e disseram que nao haviam o permesso di soggiorno. A oficial disse que nao seria possivel a inscriçao, pois a lei exigia que um cidadao extra-comunitàrio apresentasse um permesso di soggiorno in corso di validità (visto de entrada vàlido). Como jà tinham estudado no blog Minha Saga e jà esperavam por esta pergunta, disseram à oficial que existia uma circular que garantia aos descendentes de italiano munidos dos documentos traduzidos e legalizados a inscriçao somente com o carimbo no passaporte. Mariazinha entao tirou da pasta que sempre conservava com ela uma còpia da circular - jà com as partes interessantes grafadas - e entregou à oficial. Esta entao, ao verificar que o casal era muito bem informado, pediu desculpas e disse que jà havia lido sobre isso mas que ainda nao tinha "capitato" ou seja nao havia acontecido com ela nenhum caso deste tipo. Efetuou entao a inscriçao de ambos, pediu para que Joaozinho assinasse quatro folhas enormes e explicou que a partir daquele momento ambos deveriam esperar o vigile urbano, que iria até o imòvel para a confirmaçao da residencia.
Mariazinha perguntou qual era o prazo médio que ele levava e a oficial disse que ele tinha 30 dias para fazer isso, mas que costumava fazer em menos tempo.
A ESPERA DO VIGILE
BIANCHI JOAOZINHO
ROSSI MARIAZINHA
Feito isso, começaram aquela que parecia algo interminàvel: a espera do vigile. E que graças a Deus durou pouco: jà na segunda semana de espera, ambos estavam apresendo a cozinhar assistindo um programa chamado "La Prova del Cuoco" na RAI 1 quando toca a campainha. Sairam correndo e là estava ele - aliàs ela: uma vigilessa:

Ela entao perguntou: - Signore Bianchi Joaozinho e signora Rossi Mariazinha?? Simmm responderam em coro. A vigilessa entao pediu licença aos donos do imòvel, entrou no pequeno apartamento, e enquanto começava a preencher uma folha que tinha em maos, fazia algumas perguntas: nome completo de ambos, profissao, titulo de estudo e qual o motivo que estavam solicitando a residencia naquele comune.
Joaozinho respondeu a todas elas, e completou que o motivo pelo qual estavam ali era para solicitar o reconhecimento da cidadania italiana, pois eram descendentes de italianos que emigraram ao Brasil. Aproveitou também o momento e ofereceu uma xicara de café à vigilessa, que educadamente refutou.
Terminou o trabalho informando que dentro de alguns dias ambos jà estariam "registrados" no cadastro populacional daquela cidade e que receberiam pelo correio uma carta do ufficio anagrafe do comune com a efetiva confirmaçao da pràtica de residencia. Em caso de dùvidas ou se precisassem de um Certificato di Residenza, bastaria ir atè o mesmo anagrafe e solicitar diretamente a eles - uma vez jà inseridos no sistema do comune.
Agradeceram imensamente a gentileza, e tao logo a vigilessa saiu do apartamento, ambos respiraram aliviados e exultaram mais um passo dado rumo a tao sonhada cidadania italiana!!!
FIM
PS. Termina aqui a història da residencia de nossos personagens, em breve voces vao saber como eles foram recebidos no comune para a entrega dos documentos para a pràtica da cidadania e como tudo aconteceu, fiquem ligados!!!
Abbracci a tutti!!!
Chegando là procuraram o setor chamado Ufficio Anagrafe - que é o setor de um comune que cuida do assunto residencia - pedidos, cancelamentos, variaçoes e inscriçoes no exterior. Là solicitaram a "inscriçao anagràfica" - que é o nome técnico do 'pedido de residencia'. Naquele momento, a oficial pediu os seguintes documentos:
- passaporte com o carimbo de entrada na Itàlia;
- contrato de locaçao;
- cessione di fabbricato;
- permesso di soggiorno.
Apresentaram os tres documentos acima e disseram que nao haviam o permesso di soggiorno. A oficial disse que nao seria possivel a inscriçao, pois a lei exigia que um cidadao extra-comunitàrio apresentasse um permesso di soggiorno in corso di validità (visto de entrada vàlido). Como jà tinham estudado no blog Minha Saga e jà esperavam por esta pergunta, disseram à oficial que existia uma circular que garantia aos descendentes de italiano munidos dos documentos traduzidos e legalizados a inscriçao somente com o carimbo no passaporte. Mariazinha entao tirou da pasta que sempre conservava com ela uma còpia da circular - jà com as partes interessantes grafadas - e entregou à oficial. Esta entao, ao verificar que o casal era muito bem informado, pediu desculpas e disse que jà havia lido sobre isso mas que ainda nao tinha "capitato" ou seja nao havia acontecido com ela nenhum caso deste tipo. Efetuou entao a inscriçao de ambos, pediu para que Joaozinho assinasse quatro folhas enormes e explicou que a partir daquele momento ambos deveriam esperar o vigile urbano, que iria até o imòvel para a confirmaçao da residencia.
Mariazinha perguntou qual era o prazo médio que ele levava e a oficial disse que ele tinha 30 dias para fazer isso, mas que costumava fazer em menos tempo.
A ESPERA DO VIGILE
Chegaram em casa e com a ajuda de um rolo de durex e de uma tesoura, escreveram os respectivos nomes e colaram na campainha e da mesma forma colaram também na caixa de correio:
BIANCHI JOAOZINHO
ROSSI MARIAZINHA
Feito isso, começaram aquela que parecia algo interminàvel: a espera do vigile. E que graças a Deus durou pouco: jà na segunda semana de espera, ambos estavam apresendo a cozinhar assistindo um programa chamado "La Prova del Cuoco" na RAI 1 quando toca a campainha. Sairam correndo e là estava ele - aliàs ela: uma vigilessa:

Ela entao perguntou: - Signore Bianchi Joaozinho e signora Rossi Mariazinha?? Simmm responderam em coro. A vigilessa entao pediu licença aos donos do imòvel, entrou no pequeno apartamento, e enquanto começava a preencher uma folha que tinha em maos, fazia algumas perguntas: nome completo de ambos, profissao, titulo de estudo e qual o motivo que estavam solicitando a residencia naquele comune.
Joaozinho respondeu a todas elas, e completou que o motivo pelo qual estavam ali era para solicitar o reconhecimento da cidadania italiana, pois eram descendentes de italianos que emigraram ao Brasil. Aproveitou também o momento e ofereceu uma xicara de café à vigilessa, que educadamente refutou.
Terminou o trabalho informando que dentro de alguns dias ambos jà estariam "registrados" no cadastro populacional daquela cidade e que receberiam pelo correio uma carta do ufficio anagrafe do comune com a efetiva confirmaçao da pràtica de residencia. Em caso de dùvidas ou se precisassem de um Certificato di Residenza, bastaria ir atè o mesmo anagrafe e solicitar diretamente a eles - uma vez jà inseridos no sistema do comune.
Agradeceram imensamente a gentileza, e tao logo a vigilessa saiu do apartamento, ambos respiraram aliviados e exultaram mais um passo dado rumo a tao sonhada cidadania italiana!!!
FIM
PS. Termina aqui a història da residencia de nossos personagens, em breve voces vao saber como eles foram recebidos no comune para a entrega dos documentos para a pràtica da cidadania e como tudo aconteceu, fiquem ligados!!!
Abbracci a tutti!!!
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